Como em qualquer outro âmbito, no mundo dos negócios as falhas também fazem parte do processo: é impossível trilhar um caminho perfeito. Porém, alguns erros são evitáveis, e é neles que iremos focar neste artigo.
1 – Estar sem dinheiro e acreditar que empreender será uma forma rápida de conseguir
Finalmente tirar a empresa do papel não é uma coisa tão simples. Apesar das facilidades adquiridas ao longo do tempo, há alguns fatores que são importantes para serem levados em conta. Há uma sequência de decisões a serem tomadas e coisas a serem resolvidas, que envolvem alguns gastos. A emissão de documentos e declarações, o registro da marca e diferentes taxas.
É preciso ter a ciência de que para além de poder demorar meses, e em vários casos até anos para render aquilo que foi gasto, há uma demora ainda maior para a geração de lucro, e isso faz parte do processo no meio empresarial.
2 – Confundir a empresa com o pessoal
Esse ponto serve para os mais distintos âmbitos. Usar o seu número de telefone pessoal como plataforma de atendimento aos clientes é um dos vários exemplos que devem ser completamente evitados, mas neste artigo iremos focar especificamente em um ponto que desorganiza a empresa por completo: a confusão patrimonial.
Toda a saúde financeira do seu negócio é afetada e colocada em cheque quando as finanças pessoais e empresariais são misturadas. É preciso que ocorra uma separação clara entre pessoa física e pessoa jurídica, não apenas no controle de gastos, mas em tudo que diz respeito ao plano empresarial.
- O que diz a lei sobre isto?
Em 20 de setembro de 2019, entrou em vigor a Lei nº 13.874, que elucida o que é considerado confusão patrimonial.
Além de colocar em risco a sobrevivência do negócio, uma empresa enquadrada dentro da confusão patrimonial, em caso de uma eventual ação, pode ter suas dívidas estendidas às pessoas físicas envolvidas, e não apenas a pessoa jurídica. Isto é, sócios envolvidos com a empresa podem responder com seus bens pessoais.
3 – Não manter o controle do fluxo de caixa
Um dos maiores medos, senão o maior de empreendedores de forma geral, é fechar as contas no vermelho.
Segundo dados do Sebrae, cerca de 20% das pequenas empresas costumam falir logo no ano de abertura e outras 50% vão à falência após cinco anos de atividades. Isso nos leva a acreditar que apenas 33% chegam a dez anos ou mais.
O fluxo de caixa é um aliado na busca por contas fechadas na famigerada e desejada cor verde, permitindo que você evite problemas antes mesmo que eles aconteçam, tendo a ciência da entrada e saída de dinheiro do seu empreendimento.
4 – Não conhecer o suficiente sua área de atuação
Segundo Mandic, do Wi-fi Magic,
“Para ser empreendedor, você precisa dominar seu campo de atuação. Saiba o que você irá fazer, como irá fazer, qual seu posicionamento e o que os concorrentes fazem, por exemplo”.
Correr riscos faz parte dos negócios, mas o ponto é: em quais momentos é preciso se arriscar?
Começar a empreender em um mercado completamente desconhecido, sem pesquisar, analisar e estudar onde você está aplicando o seu investimento, com certeza não é um risco necessário.
Não é preciso ser um mestre na área por completo, e nem é possível que você a domine completamente sem que esteja atuando, mas o ponto é a necessidade da elaboração de um plano de negócios e de estudo.
Em contrapartida, você também pode ser um expert na confecção de roupas da sua própria marca, por exemplo. Seu produto pode ter qualidade, você pode ter experiência, vários cursos… Tudo isso é de extrema importância, mas não substitui a necessidade de conhecer a sua área de atuação como um todo. Entender do seu produto, não é necessariamente entender o seu mercado.
É preciso considerar seus concorrentes, entender que eles são vários e alguns estão há muito mais tempo no mercado, com clientes fidelizados. Diante desse cenário, é indispensável estudar o mercado em que o seu negócio está inserido, traçar estratégias, e não apenas se garantir no quanto você é bom naquilo que faz, pois se os seus concorrentes estão nesse mercado, eles também sabem o que estão fazendo. É por isso que é tão importante estudar e saber exatamente onde você está alicerçando sua empresa.
5 – Deixar o marketing de lado
A ideia quando se abre um negócio, o objetivo central, a motivação principal, tudo poderia ser resumido a uma só coisa: ganhar dinheiro.
É claro que obter lucros deve ser o objetivo central do seu negócio, mas o ponto é entender isso como uma consequência e não como centro de tomadas de ações. Isso quer dizer que, empreendedores iniciantes têm tendência a focar tão fervorosamente na geração de lucros, que acabam deixando de lado ações efetivas que podem sim gerar dinheiro para a empresa.
As estratégias de comunicação são indispensáveis para qualquer tipo de negócio, especialmente no período inicial, onde a qualidade do seu produto ainda não está sendo colocada à prova, mas as suas estratégias para convencer o cliente a levá-lo, sim. É claro, a qualidade do seu produto vai ditar o seu sucesso, mas isso, depois de você ter conquistado o cliente. Em um primeiro momento, ao procurar atrair esse consumidor, o que vai te auxiliar no processo é convencê-lo de que seu produto vale o investimento.
Para micro e pequenas empresas, é indispensável o investimento na criação da sua identidade visual, bem como na construção de uma marca forte e chamativa, gerando leads de maior qualidade e em detrimento disso, o aumento do seu lucro.
A Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, divulgou dados que apontaram que com um investimento baixo em ações, como divulgar seus pontos fortes, pode-se aumentar cerca de 10% das vendas, já trabalhar o marketing de guerrilha, pode gerar um aumento em torno de 47%.